segunda-feira, outubro 30, 2006

Religião

Vou-vos falar do tema mais controverso e mais complicado, talvez porque até mesmo aqueles que não acreditam, no fundo desejariam que isto da religião não fosse uma treta, o medo de não haver nada para além da morte, é algo que persegue o comum dos mortais (excluindo automaticamente deste leque de pessoas, a coisa José Castelo Branco) . Já devem ter reparado que o “tom” de escrita mudou, tornou-se mais sério, e com fortes possibilidades de ter qualquer tipo de fundamento. Mas vou tentar ser imparcial e comentar este tema sem qualquer tipo de medos, pois dos fracos não reza a historia, há que ter coragem de meter o dedo na ferida, á que ter coragem de ter coragem, e é melhor ficar por aqui, já vejo no meu horizonte uma enorme chama com um odor a papel queimado provocado por esses senhores vestidos com mantas que até lhes tapa a cabeça.

Qual é a dificuldade em aceitar que após a morte poderemos ser apenas e só, um corpo, um conjunto de ossos e no caso em que ambos estão desfeitos, uma memória?
Talvez o único pecado que possamos ter, é o pensamento, é a capacidade de raciocinar que nos faz questionar o sentido da vida, a razão pela qual lutamos para estar vivos, atrasando assim o inevitavel.

Para quê temer a morte, se o verdadeiro terror é estar vivo?

Quando eu falei em publicidade esqueci-me de referir a fonte de inspiração de qualquer tipo que cria anúncios publicitários, estou obviamente a falar da religião. È impressionante o que eles conseguem fazer a milhares de cabeças com uma simples livro escrito á dois mil e poucos anos, porque vender um produto que seja materialmente paupável é muito mais simples que vender um que varia de mente para mente, e de religião para religião, um artigo que é descrito de mil maneiras diferentes, dependendo assim de quem o vende. Mas o mais incrível é que ao contrario dos outros produtos, quando o mesmo não preenche as expectativas criadas, pode ser devolvido, havendo assim uma reclamação, no caso da religião, não há qualquer tipo de reclamação, pois o individuo só pode testar o produto em que toda a vida investiu, no dia em que morrer, é a chamada crueldade do destino, depois de morrer não se pode “vir ao mundo dos vivos” reclamar. Ou seja do ponto de vista publicitário, é o produto perfeito.

Agora um pouco de sarcasmo. Já devem ter lido revistas do tipo da Pro Teste, são revistas, que analisam produtos com semelhantes funções dando notas e qualificando-os mediantes vários aspectos, se um dia fizessem uma revista da Pro teste dedicada a religião o resultado seria catastrófico, já estou a imaginar, os especialistas de testes seriam os homens-bomba, algo parecido com isto:



Depois a avaliação final resumida seria algo dentro deste género. A religião católica é a que conta com maior numero de praticantes, mas quanto ao numero de mandamentos fica em desvantagem perante a da Testemunha de Jeová que oferece ao seu consumidor pelo mesmo preço um mandamento a mais, quanto as ofertas a cruz de madeira não parece ter qualquer tipo de utilização viável, ao contrario as revistas, servem quanto mais não seja para usar como papel higiénico em caso de urgência. Fora desta luta encontra-se a IURD, que não tem qualquer tipo de influencia no mercado da vida, as pessoas escolhem sempre o mais barato, e a IURD definitivamente não é o mais barato.

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