segunda-feira, outubro 30, 2006

Publicidade...

Só o nome já me faz comichão neste deserto de cactos que é o meu flexível peito.
Publicidade é no meu entender a invenção mais narcisista até hoje criada, pois fazem-nos crer que o produto que estão a vender é a melhor opção de compra devido a sua perfeição, o que na realidade não é nem pouco mais ou menos. É de lamentar o quanto estas pessoas se gabam publicamente das suas criações, convencidas de que são superiores, isso é mau principio que desrespeita a ética e a moral interior de cada um de nós. Vamos lá tentar ser imparciais e deixar de ser altivos, um pouco de humildade não vos faz nada mal.
A publicidade vem do tempo em que os reis usavam ceroulas coloridas nas pernas, já nessa altura pais necessitados monetariamente tentavam impingir aos reis da corte as suas filhas para um casamento perfeito entre ela e o príncipe, usando a publicidade para conseguir tal feito, mostrando o seu produto (filha) e usando exageradamente argumentos favoráveis para o “nó real” conseguindo assim iludir o rei.
Outro efeito da publicidade é a alteração mental que provoca em pessoas normais, ora vejamos, um homem com os seus 34 anos e 7 meses de vida entra num hipermercado nacional próximo do seu local de residência, leva na ideia comprar uma caixa de pensos de duas abas para a sua esposa, ao chegar a secção dos ditos cujos, depara-se com um monstruoso cartaz publicitando uma marca de fraldas ultra anatómicas com um poder de sucção de líquidos extra rápido, neste momento o tal efeito da publicidade sobe-lhe a cabeça, e devido ao subtil design mais o ângulo da reflexão luminosa o homem decide levar 8 pacotes de fraldas descartáveis para bebes com 6 meses de vida, chegando ao local imediato que separa o interior do hipermercado e o seu exterior após a passagem na caixa e já sem o efeito da publicidade, lembra-se que a sua mulher é estéril e que não tinha adoptado nenhuma criança. Aqui está uma prova real que a publicidade tem poderes e que cada vez mais sujeitos sem escrúpulos a exploram desalmadamente.

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