segunda-feira, outubro 30, 2006

Condução

Se Deus quisesse que nós andássemos mais rápido teria nos oferecidos rodas em vez destes membros achatados recolhidos através de uma malha branca de feirante que são estampadas com palavras enriquecedoras a nível cultural como “Sport” e “Ténis”. Por isso, porque é que as pessoas insistem em querer deslocar-se mais rápido do que as suas limitações biológicas permitem. Aqui está o grande problema humano, as pessoas ambicionarem ser o que na realidade não passa de uma fachada.
Ora vejamos um senhor com os seus 70 anos, 1 perna postiça, 5 operações aos rins e ao estômago, com uma pratica sexual abaixo do não razoável, conduz uma bruta maquina descapotável que em rectas com reduzido atrito chega aos 320 Km/h, e agora vejamos um rapaz com os seus 23 anos, campeão de atletismo pela selecção de Trindade e Tobago atinge com muito esforço uns míseros 35 Km/h, isto é um exemplo valido e comum que algo está mal, mas o pior não é isso, porque se conduzir fosse ilegal ainda compreendia, mas não, existem escolas legais perante a legislação, que não são mais do que religiões intra-urbanas onde se incentiva a pratica da condução. É de lamentar que estejamos nesta situação tão preocupante. Milhões e milhões de pessoas em todo o mundo já conduziram um carro ou uma moto. Basta! … Temos que lutar pelos nossos direitos de cidadão e abdicar desses objectos repugnantes que tanto mal nos causa.
No outro dia estava uma rapariga grávida com 18 anos a chorar por causa de um automóvel, pois foi induzida em erro pelos deslumbramentos da máquina e quando deu por ela já o namorado tinha desligado as luzes interiores do carro em frente a um precipício onde a média de habitantes por quilómetro quadrado era negativa.
Outro caso arrepiante aconteceu em Trás-os-Montes onde um jovem recém-casado foi viver para a cidade por causa dos estudos e talvez por influência dos amigos foi experimentar um carro e gostou, passado 2 meses já tinha tirado a carta de ligeiros, a partir desse momento tudo mudou, a sua sogra que é mais arrepiante do que um par de cuecas do José Castelo Branco, ao saber de tal feito, exigiu a sua presença todos os fins-de-semana em casa dela que se localizava nas infinidades do mundo que é Portugal. É muito triste!

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