Como agora está na moda ser empresário, decidi finalmente tornar-me num também.
Antes de fazer seja o que for, há umas coisas a decidir: o nome da empresa, se vou ou não ter sócios e, mais importante, o que é que eu vou comercializar. "Sócios? hummm... Acho que não vai dar. Assim fico rico sozinho, mas também, se isto der para o torto, só eu é que perco" (tentativa de esconder egoísmo). "Nome? hummm... Jacinto Rêgo, Unipessoal. Não é o meu nome mas não deve haver problema. Agora o mais importante... O que é que eu vou vender!? Cinzeiros feitos a partir de latas de Ai-Se-Ti (não me pagam pa fazer publicidade no blog foda-se)? Depois fico com rótulo de toxicodependente. E se vendesse droga á porta e dentro de discotecas? Se calhar não era muito boa ideia porque acho que isso até é ilegal." Foi quando me veio, qual trovão a perfurar-me a cabeça, A Ideia! "Já sei! Com este frio, vou vender botijas de água quente para a porta da igreja! Assim, além de comprar o meu lugar no céu (afinal de contas, estou a ajudar o próximo), ainda lucro com isso (os próximos têm de pagar). Resta-me saber se há próximos suficientes aqui na vila. Mais importante ainda, tenho de descobrir se há alguma igreja aqui por perto porque não me apetece ir para um grande centro urbano tipo Mondim de Basto.
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