Um drama. O empresário de Cissokho, em entrevista a O JOGO diz, entre outras coisas, o seguinte:
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"Por mais que se diga que vai passar, seria importante que as pessoas se colocassem cinco minutos no lugar dele para tentarem perceber o que está passar, sobretudo depois de ter estado em Milão e de ter surgido este problema. Criou-se uma ilusão muito forte na cabeça dele e isso pode ter consequências dramáticas e imprevisíveis."
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Fala este preocupado e humanista empresário a propósito do estado psicológico do pobre Cissokho que alimentou falsas esperanças de ir jogar para o AC Milan, antes de saber que apenas estaria em condições de agarrar a oportunidade com as unhas, porque os dentes é o que se sabe. Roger Boli, o empresário, não quer dizer, mas os HNVD sabem que Cissokho terá sido encontrado na sua residência no Senegal com uma corda ao pescoço e outra nos genitais. Ao que tudo indica, na base deste devaneio, terá estado o facto de o jogador pertencer ao grupo de senegaleses que se vêem resignados a tirar férias no estrangeiro, viajar no estrangeiro e até o cumúlo de ter fazer o que mais gosta como profissão, no estrangeiro: jogar futebol nos melhores palcos do mundo, disputar títulos nacionais e europeus todos os anos, ter um apartamento de luxo na foz e foder uns trocos nas pêgas dos alternes do Reinaldo Teles.
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"(...) seria importante que as pessoas se colocassem cinco minutos no lugar dele para tentarem perceber o que está passar."
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Meu caro amigo, eu compreendo. Não lhe deve ser fácil pôr comida na mesa neste momento. Sobretudo porque não a consegue mastigar, não é?
Digno de um verdadeiro estado depressivo. As pessoas sabem lá! Reles mortais. O desemprego e a fome à beira disto são uns meninos, pá.
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