quinta-feira, fevereiro 08, 2007

ABORTO - comentário final

Muito se tem especulado sobre as várias hipóteses de voto para o próximo dia 11 de Fevereiro. "Sim", "Não", "Voto em branco", "Não votar"... estas são algumas das centenas de soluções que vários experts apresentam para um boletim de voto.
Por esta altura, a maior parte dos cidadãos deste país já tem a sua opinião formulada e treinam na sua intimidade o desenho de uma cruz dentro de um quadrado minúsculo.
Ao contrário de muito boa gente, penso que não há problema em tornarmos pública a nossa opinião relativamente ao porquê deste referendo, a "Despenalização do aborto".
Todos os membros deste blog defendem o "Sim" pela seguinte ordem de ideias:
- Liberdade de opção
- Antes um aborto hoje do que um benfiquista amanhã
- Condição económica/financeira/emocional/psicológica para criar um filho e dar-lhe tudo o que necessita
- Conversa de café


Muito se falou sobre o aborto nos últimos meses, mas de tanto se falar, esqueceram-se de definir barreiras na conversa.
Liberdade de expressão.. alguém ouviu falar?!
Vi vários debates sobre o assunto e gostaria que alguém me explicasse o porquê de serem sempre médicos e advogados a defenderem o lado do "Não". Porquê eles?! Porquê?! Não podiam pôr um metalúrgico ou simplesmente um pauliteiro?!
Porquê estes senhores se são eles que mais lucram com o "Não"!? Senão reparem...

1. "O médico"

Fazer um aborto (ilegal) dá sempre jeito. São sempre uns euritos a mais que entram à socapa na conta bancária...

2. "O advogado"

Uma mulher fez um aborto (ilegal). É presa. Vai a audiência no tribunal, estando já, à partida, condenada. Quem a acusa?! Ora nem mais... um sr. advogado! Gostaria de dizer que não há qualquer proveito monetário para este senhor, mas aí estava a ser um bocadinho mentiroso.
Quem a defende?! hmm.. outro advogado?! Recebe dinheiro para perder?! Não!!! ups.. desculpem.. sou um mentiroso da pior espécie.



Bem, além dos debates também li muitos artigos em jornais e blogs e acho incrível como se critica figuras públicas por terem uma opinião formada e as revelarem e defenderem publicamente.
É impressionante o número de salazaristas que por este país viajam sem que ninguém dê conta.
Dizem que D. Sebastião vai regressar num dia de nevoeiro.... pois eu reformulo esta frase da seguinte maneira: Salazar vai regressar num dia de nevoeiro.... e sob a forma de um exército de pseudo-intelectuais que castigarão tudo e todos que dêem um peido e não guardem segredo.
Respeito o movimento pelo "Não" e todos os seus argumentos, desde que o respeito seja recíproco.
Gostaria de dar uma ideia ao Sr. Sócrates... Após este referendo, porque não outro intitulado de "Respeito pelo próximo.. Sim ou Não!?".
Não, não recebi nenhuma comunicação de Deus para zelar pelo bem do próximo...
Não, não estou a escrever novos mandamentos sobre tábuas de pedra...
Estou, apenas e só, a tentar descobrir o porquê de a sociedade estar tão mesquinha, degenerada, estúpida e unicamente preocupada com o obter de cada vez mais capital, não olhando a meios para atingir os fins.
Moral!? Respeito?! Integridade?! Opinião!? Liberdade?! Saber escrever e ler?! Sexo?!
Quem dera que os maiores libertadores de flatulências deste país se unissem de forma muito porca e mal cheirosa, de forma a calar muito "boa" gente...
Sim, sr. Pinto da Costa... já unias o gang e fazias alguma coisa por Portugal!!

6 comentários:

Anónimo disse...

Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução

Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !

A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:

1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)

2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.

3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.

4 – Aceleração do "Processo de Adopção".


(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].

Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.

Anónimo disse...

Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução

Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !

A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:

1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)

2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.

3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.

4 – Aceleração do "Processo de Adopção".


(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].

Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.

Anónimo disse...

Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução

Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !

A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:

1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)

2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.

3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.

4 – Aceleração do "Processo de Adopção".


(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].

Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.

Miguel disse...

Anónimo, sem querer ser parcial:
CURA-TE

Che disse...

"Incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto." ?!?!?!

Vossa exª anónima é parva, ou anda em treino?!
810€?!?! É essa uma das soluções?! Dá-se uns trocos à gravida enquanto grávida e depois ela que se amanhe..
E o que vem depois do parto!? O carinho, o amor, o afecto, a atenção, a estabilidade emocional e económica?!

Acha que mesmo que se implementa-se um sistema de "doação" de 810€ mensais às famílias com dificuldades económicas, resolveriam todos os problemas?!

Se a sua resposta é sim, dirija-se ao hospício mais próximo.

Nin disse...

Concordo contigo: sejamos pelo "Sim" ou pelo "Não", o importante é o respeito. Não se pode viver numa democracia se não estamos dispostos a respeitar outras ideias e a expormos as nossas com calma e bons argumentos.
Eu sou pelo "Sim", mas não considero que se se legalizar o aborto o número de intervenções aumente alarmantemente... Para uma mulher não é uma decisão fácil, ninguém vai feliz e contente ao hospital, nem para abortar nem para qualquer outra coisa.
Bom, já escrevi demais.. Só vim para dar uma espreitadela e vou ficar um bocadinho por aqui.
Beijos!! :)